Para quem gosta de assistir programas de viagem e de empreendorismo, com certeza, já viu imagens da enigmática Ilha do Marajó, localizada em uma área de reserva ambiental do arquipélago de Marajó. A ilha foi ganhando mais atenção quando as fazendas locais começaram a criar búfalos para produção de leite, queijo e venda da carne.
Aos poucos, houve um interesse do turismo em vender pacotes para a ilha, principalmente, para quem já tinha voo marcado para Belém. Há outro ponto de acesso para a ilha à partir de Breves, mas muito mal divulgado na região sul e sudeste do país.
Em princípio, eu achava um destino bastante distante e inviável para quem mora no sudeste, mas a Gol tem uma rota direta do Rio de Janeiro até Belém. A oportunidade surgiu em conhecer um pouco do estado do Pará e, no período de Carnaval de 2019, nós resolvemos partir para essa nova aventura.
Ao todo, nós conhecemos Belém e três ilhas paraenses: Ilha do Combu, Ilha do Algodoal e a Ilha do Marajó. Isso aconteceu devido a combinação do feriado do Carnaval de 2019 com alguns dias de férias, desbravando por duas semanas o litoral do Pará.
Nesse post, "Como chegar na Ilha do Marajó?", eu falarei sobre um lugar completamente desconhecido em nossas vidas, onde nunca havíamos visto um búfalo pela frente e, de repente, nós tivemos a chance de ver uma manada durante a viagem.
Como chegar na Ilha do Marajó?
Há duas formas de chegar à Ilha do Marajó:
1- lancha rápida, para quem pretende passar o dia na ilha, fazendo um bate e volta ou, para quem deseja se hospedar em Soure. Quando você pega as lanchas rápidas, o ponto de encontro é na Estação das Docas de Belém, um dos pontos turísticos da cidade e de fácil acesso. Elas param em Soure, onde possui comércio e mais opções de hospedagens.
2- balsa, para quem está de carro alugado e gostaria de mais liberdade para circular na ilha. A balsa não sai de Belém, ela saí de Icoaraci, a 20km ou 30 minutos de Belém, sem trânsito e chega em Camará, onde há o terminal hidroviário principal, porta de entrada dos automotivos na ilha.
Nós decidimos visitar a Ilha de Marajó de carro, mesmo sabendo que a logística seria um pouco mais complicada.
O detalhe é que o horário da balsa é de manhã bem cedo, causando um certo desconforto para quem gosta de dormir até mais tarde. Já tinhamos recebido um aviso para não circular de masdrugada, pois não seria muito seguro, por isso, nós decidimos pernoitar em Icoaraci para ficar bem perto da entrada da balsa.
Onde dormir em Icoaraci?
Confesso que nós demoramos muito a achar um local para dormir, pois, a região só recebe o turista durante o dia, vindo de Belém, para conhecer os artesões e a feira de artesanato. Após perguntar a muita gente, uma amiga paraense sugeriu a estadia em um motel. Ela tinha recebido informações de um local, que esse motel trabalhava com dois tipos de hospedagem: como motel e hospedagem para turistas, em uma ala privativa.
Nós fomos muito bem recebidos pelo o dono do motel (se tiverem interesse no nome, eu posso responder no campo comentários) e, aproveitamos o final de tarde para conhecer os artesões locais de Icoaraci, são os mesmos que fazem toda a arte e louçaS vendidaS em Belém. Pessoas muito simples, que abrem as suas portas para a venda de sua arte em suas varandas, salas ou galpões.
Também aproveitamos para conhecer a Feira de Artesanato do Paracuri. Vocês pode encontrar peças mais distintas nessa feira do que no Mercado Ver o Peso, em Belém.
Fomos jantar em um dos restaurantes da Orla de Icoaraci e voltamos cedo para o quarto, pois a saída da balsa, no dia seguinte, seria às 6h.
Onde comprar o bilhete da balsa?
Você pode comprar pelo site, na loja na rodoviária ou na hora do embarque. Como nós estávamos no feriado de Carnaval, achamos arriscado comprar na hora, pois quem compra com antecedência tem o seu lugar garantido. A balsa é grande, oferecendo muitos assentos para os passageiros, mas, como há muitos caminhões grandes fazendo a travessia (para abastecer Marajó), reduz bastante o espaço para o carro de passeio.
Você vai arriscar? Nós achamos melhor não arriscar, então, compramos as nossas passagens de ida e volta na loja da rodoviária, pois o site não estava completando o pagamento.
Como foi a chegada na ilha do Marajó?
As nossas expectativas era em chegar em um lugar completamente selvagem, conforme imagens vista no Globo Reporter. Havia uma certa preocupação se um carro baixo de passeio seria o veículo ideal para essa aventura.
A viagem de balsa foi muito tranquila. Quando já estávamos nela, começou a amanhecer, podendo ser um belo sinal para os tripulantes levantarem as âncores rumo à Marajó. A saída foi muito linda, onde nós ficamos hipnotizados pela simplicidade de um amanhecer na beira da Baía de Santo Antônio.
A viagem de ida foi muito tranquila, a maré estava serena e nós curtimos as paisagens até a chegada à Marajó, mas já não posso dizer o mesmo na volta. Não sabemos ao certo o motivo da balsa ter balançado tanto na volta, especulamos que seria porque estava contra a maré, mas não questionamos ninguém e só queríamos é chegar logo no continente de novo.
As fazendas de búfalos ficam localizadas no centro da ilha, enquanto os locais moram nos terrenos litorâneos, além do comércio de comidas, artesanatos e hospedagem para turistas. Devido a isso, nós presenciamos uma ilha pavimentada, onde a estrada principal levava o condutor para os principais pontos da região leste da ilha.
Onde nós ficamos na ilha?
Nós decidimos dormir em uma pousada em Salvaterra, beira mar. Mesmo lendo que as melhores hospedagens ficam em Soure, arriscamos em ficar na vizinha Salvaterra, um lugar mais rústico e com menos turistas. A escolha foi ótima, para o objetivo que tínhamos de nos aproximar mais dos locais. Se a sua intenção seja passar os dias somente nas praias, sugiro que fiquem em Soure, onde estão as melhores praias da região.Como chegar em Soure?
No nosso caso, onde a nossa hospedagem estava em Salvaterra, nós tínhamos que pegar uma balsa para atravessar o rio até Soure. Se você ficar em Soure, acaba ganhando tempo da espera e travessia até Soure, criando uma liberdade de ir e vir, com mais facilidade, até as praias.
Mas, você precisa considerar a questão da saída da ilha para o continente. Havia uma preocupação de ficar em Soure e depender da balsa para voltar até o porto. Se a balsa (Soure - Salvaterra) tivesse algum problema e ficasse parada por um tempo, a gente perderia a outra balsa, às 16h, em Camará.
O ideal é você reservar alguns dias na ilha para que possa percorrer a rodovia de Camará até Soure com calma, parando em cada município para conhecer as praias. Não são muitos, mas cada lugar possui uma particularidade.
Após chegar em Camará, nós pegamos logo estrada. Mas se você tiver tempo, sugiro que pare próximo aos guiches de venda de passagem, onde há um pequeno comércio local, vendendo o queijo de búfalo (uma delícia). Você já vai apreciando a gastronomia local na chegada. Nós somente soubemos dessa possibilidade de compra, quando voltamos para pegar a balsa pra sair da ilha.
Nós paramos em alguns lugares, como: Monsarás, Joanes e Jubim até chegar em Salvaterra. Chegamos mais tarde na pousada e encomendamos o almoço típico da região: carne e queijo de búfalo.
Eu sou agente de viagens e ajudo VOCÊ a montar o seu roteiro dos sonhos. Os preços da passagem aérea + hospedagem + aluguel de carro + seguro viagem são conforme o mercado. Entrem em contato para conferir os valores dos pacotes e receba o seu roteiro GRATUITO!
Contato: blog@dani.tur.br.
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Você tem um site muito organizado e muito claro para as dúvidas frequentes dos viajantes.
ResponderExcluirUm dia,montaremos uma viagem.
Espero que em breve, se Deus quiser!
Beijos
Oie, tudo bem?
ExcluirMuito obrigada! Ainda tenho um bocado de viagens para publicar kkk.. e fico feliz que as minhas dicas estão inspirando você a novas viagens. A Pandemia vai acabar e, aos poucos, sempre é bom sonhar e planejar, com calma, a sua próxima viagem. Pode contar comigo! Beijos
Qual seria a melhor época para ir ?
ResponderExcluirOi, tudo bem?
ExcluirVocê pode ir em qualquer época, porque sempre será quente em Marajó. Observei que Belém chove muito, como chuvas de verão, mas logo para. Já em Marajó, não chove tanto quanto Belém.
Primeiro preciso dizer que a foto de abertura aguçou meus sentidos e me causou uma vontade imensa de visitar a Ilha de Marajó! Em seguida comento: que delícia ver o dia nascendo durante a travessia de ida. Em tempo, foi meio trampo chegar, mas acho que esses lugares assim nos oferecem boas experiências.
ResponderExcluirNão tinha ideia de como era chegar na Ilha de Marajó, mas como esse é um lugar que quero visitar um dia, tive uma ótima ideia do que quero e de como quero. :)
Oi Ana Luiza, tudo bem?
ExcluirAchei bacana deixar tudo detalhado e as dificuldades de chegar a ilha de carro. Posso dizer que é um leve perrengue, que vale a pena. Primeiro, porque você consegue desbravar melhor a ilha de carro e depois, porque ganha de presente um lindo amanhecer na balsa.
A ilha do Marajó foi um dos lugares que eu mais amei no Pará, mas eu fui direto para Soure. Meu seus, como o barco pulava e balançava, um sufoco de 2 horas, mas valeu a pena cada enjoo hahahha
ResponderExcluirOi Fabricio, tudo bem?
ExcluirNem consigo imaginar, porque a viagem de balsa com muito tranquila e serena. Mas lembro, de uma viagem à Morro de São Paulo, onde eu quase botei tudo pra fora durante a travessia de barco entre Salvador e Morro. kkkk...
Adorei as dicas de como chegar na Ilha do Marajó. Tinha planos de ir pra lá esse ano, mas acabou que vou ter que esperar mais um pouco.
ResponderExcluirBom saber que a viagem é relativamente tranquila!
Abraço
Oi Murilo, tudo bom?
ExcluirSim, a viagem é bem tranquila. Ainda bem que não foi esse ano, pois o índice do covid19 na ilha estava explodindo. Sugiro que aguarde mais um pouquinho e acompanhe as notícias da ilha pelos sites.
Ah, a Ilha de Marajó. Mais um lindo cenário do nosso país. Gostei de saber sobre como chegar. Achei que fosse mais complicado. Tá na minha lista faz tempo e agora a vontade só aumentou.
ResponderExcluirOi Anna Luiza, tudo bem?
ExcluirSe você for de lancha rápida, acredito que será super simples a sua travessia de Belém até Soure. Espero que possa aproveitar e curtir a ilha como nós fizemos.
Além de não ter tido tempo, não fui a ilha de Marajó porque sempre ouvi falar que para chegar na Ilha de Marajó você não pode enjoar em barcos. Provavelmente as pessoas foram de lancha, porque acho que o catamarã deve ser mais tranquilo. Você sabe me dizer se faz mesmo diferença?
ResponderExcluirOi Leo, tudo bem?
ExcluirSim, faz muita diferença. A minha travessia foi muito de boa, devido o tamanho da balsa. A vantagem da lancha rápida é chegar logo na ilha, mas a desvantagem é que chacoalha um bocado.
Na ilha não há aluguel de carro?
ResponderExcluirOi Mazola, tudo bem?
ExcluirEu aluguei o carro em Belém, não sei dizer se há aluguel de carro na ilha
Oi Dani, tudo bem?
ResponderExcluirAdorei suas dicas, mas preciso de mais uma. Quero saber o nome do Motel em Icoaraci que você mencionou, por favor, está difícil de achar hospedagem por lá. Grata.
Oi Fátima, tudo bem?
ExcluirNão é fácil achar hospedagem por lá, ainda mais, quando precisa sair de madrugada para pegar a balsa pra Marajó. Já nos falamos pelo zap e fico feliz que você já está com as informações necessárias para a sua viagem.
Fui sozinho em 2015 para o Marajó. Fui de barco pela Estação das Docas. Falaram que a melhor hora de ir e voltar seria pela manhã, pois a tarde tem mais correntezas e o barco balançaria muito. Então fui e voltei no primeiro horário. Foi legal, mas acompanhado seriam bem melhor, até por questão de segurança. Fiz reserva pela internet numa pousada em Salvaterra e andei pela cidade a pé. Usei mototaxi p/ me levar na balsa até Soure. Em Soure andei de mototaxi também, e fui até a fazenda onde foi gravado o primeiro programa No Limite da Globo. Depois descobri que tinha um curtume lá, mas não visitei. Agora quero conhecer e devo retornar em 2022 lá.
ResponderExcluirOi Marcio, tudo bem?
ExcluirA sua viagem foi bem produtiva. Acredito que se eu tivesse pego as lanchas rápidas também, teria feito o mesmo roteiro.
Nós decidimos ir de carro para ter uma outra visão da ilha, onde a aventura já começou antes de pegar a balsa, pois tinha que madrugar para entrar na fila dela.
O carro foi um grande facilitador da locomoção na ilha, mas as moto taxis de Marajó também oferece uma boa logística. Ficamos em Salvaterra com o único receiro da balsa de Soure apresentar problemas no dia da nossa volta e a gente não ter como chegar do outro lado para pegar a balsa. Então, foi um motivo de segurança mesmo.